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A importância do exame oftalmológico de rotina em crianças e adolescentes

Publicado em 20 de junho de 2017.

Uma boa visão é essencial para o bom desempenho na sala de aula. É na infância e adolescência que muitos problemas oculares se manifestam, pois as criança ficam expostas a atividades que demandam maior atenção e utilização da visão: o contato com a lousa, a intensificação dos trabalhos que envolvem leitura, o uso do computador etc.

A idade mais adequada para o primeiro exame oftalmológico é 3 anos de idade. Daí em diante, se o desenvolvimento visual estiver ocorrendo normalmente, as consultas deverão ser repetidas a cada 1 ou 2 anos até a idade adulta. Se hover algum sinal de problema ocular antes dos 3 anos (como estrabismo, pupila branca, queda da pálpebra, entre outros) ou casos de doenças de visão na família, o primeiro exame deverá ser realizado mais cedo.

Geralmente, as crianças não se queixam de dificuldade para enxergar. Isso reforça a importância do exame oftalmológico de rotina. Algumas vezes, os pais e professores são os primeiros a notar sinais de que algo pode estar errado com a visão das crianças, como:

  • Presença de estrabismo ao olhar objetos à distância;
  • Aproximação excessiva dos objetos;
  • Desinteresse para algumas atividades escolares;
  • Dor de cabeça durante ou após a leitura, ou ao assistir televisão.

O sistema visual é composto basicamente de neurônios. Ao nascimento, o sistema visual é considerado imaturo, mas por volta dos 8 anos de idade todas as vias nervosas já estão formadas e a visão é igual à de um adulto. O oftalmologista tem condições de determinar o estágio do desenvolvimento do sistema visual e atuar caso haja algo fora do padrão normal, como estrabismo e “olho preguiçoso” (o nome popular da ambliopia).

Durante a puberdade, muitas crianças começam a apresentar miopia. A prevalência de miopia vem aumentando no mundo inteiro devido ao uso cada vez mais intenso de computadores e celulares, que fazem com que crianças e adolescentes passem horas ininterruptas com o foco na mesma distância (40 cm dos olhos ou até menos). Obviamente o fator genético é muito importante, mas esses fatores comportamentais ganham cada vez maior relevância.

Todos os fatores citados acima reforçam a importância do exame oftalmológico de rotina a cada 1 ou 2 anos, mesmo que a criança ou adolescente não apresente queixas visuais. E o início do ano letivo é uma boa opção por permitir que a criança aproveite ao máximo o ano escolar sem limitação por algum problema visual.

Prof. Dr. Francisco Max Damico

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