Entendendo a presbiopia (vista cansada), um problema que todos terão um dia
Publicado em 25 de janeiro de 2016.
A presbiopia é uma dificuldade natural em focalizar objetos mais próximos, que se manifesta por volta dos 40 anos de idade e acomete a todos. Essa dificuldade aumenta com o passar dos anos. A presbiopia é conhecida popularmente como “vista cansada”.
A presbiopia é uma consequência natural do envelhecimento dos olhos, especificamente do cristalino. O cristalino é uma pequena lente transparente e flexível que fica dentro do olho e é responsável por focalizar os raios de luz no ponto certo da retina. Para tanto, o cristalino muda sua espessura de acordo com a distância do objeto em questão: quanto mais próximo o objeto, maior é a espessura do cristalino e vice-versa. Por volta dos 40 anos, o cristalino vai ficando mais rígido e perdendo a capacidade de mudar sua espessura, dificultando a focalização do objeto, especialmente de perto.
Todos os indivíduos desenvolverão presbiopia. Se uma pessoa tem miopia, hipermetropia ou astigmatismo, essas condições se combinarão. Os indivíduos míopes costumam sofrer menos os efeitos da presbiopia, pois seus olhos já são maiores e os raios luminosos não precisam ser tão convergidos pelo cristalino para que atinjam o ponto certo da retina.
A pessoa percebe que está começando a apresentar presbiopia quando, aos 40 anos de idade ou mais, apresenta:
- Dificuldade em ver letras ou imagens pequenas;
- Embaçamento ao ler algo na distância em que sempre leu;
- Dor de cabeça ou cansaço visual após tarefas que envolvem a visão de perto;
- Necessidade de mais luz ao tentar ver coisas de perto;
- Necessidade de afastar o que se está lendo.
Os sintomas da hipermetropia e da presbiopia são parecidos, mas as causas são diferentes. Tanto hipermétropes quanto présbitas têm dificuldade para enxergar objetos próximos, mas a hipermetropia aparece na infância ou até os 40 anos, enquanto a presbiopia geralmente aparece após os 40.
Além da idade, algumas doenças e remédios podem precipitar o aparecimento da presbiopia: anemia, diabetes, esclerose múltipla e doenças cardiovasculares, e medicamentos antidepressivos, anti-histamínicos e diuréticos.
A presbiopia é diagnosticada durante o exame oftalmológico, em que o oftalmologista testa a acuidade visual, a habilidade do olho de se adaptar a mudanças de foco, as condições dos músculos oculares e da retina.
Não há cura para a presbiopia, mas ela pode ser contornada por métodos que compensam a dificuldade em focalizar de perto, como óculos para a leitura, lentes de contato ou cirurgia. Não existe um método melhor, a forma mais apropriada depende das condições dos olhos e do estilo de vida de cada um.
Existem alguns exercícios para diminuir o grau de presbiopia. Esses exercícios não fazem mal aos olhos e ajudam parcialmente, principalmente àqueles que estão no início da presbiopia (entre 40 e 55 anos). No entanto, são exercícios cansativos, demorados e que têm que ser feitos diariamente. Outro ponto negativo é que se os exercícios forem interrompidos, o grau de dificuldade para leitura aparecerá na mesma intensidade com que apareceria se o indivíduo nunca os tivesse feito.