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Olho seco é agravado pela poluição e mudanças climáticas

Publicado em 04 de julho de 2017.

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde mostrou um crescimento de 8% da poluição global em 2016. As impurezas do ar podem gerar danos aos olhos.

A poluição atmosférica causa importantes alterações nas células superficiais do olho e nas glândulas das pálpebras, causando perda da qualidade da lágrima.

A exposição a níveis aumentados de NO2 e de material particulado provoca alterações estruturais nas células caliciformes da conjuntiva (que produzem a camada mucosa da lágrima) e inflamação das glândulas de Meibomius, que estão presentes nas pálpebras e produzem a camada oleosa da lágrima. Os danos às camadas mucosa e oleosa da lágrima tiram a estabilidade do filme lacrimal que recobre o olho e fazem com que a qualidade da lágrima piore e esta se evapora mais rápido, causando a sensação de olho seco (secura ocular, vermelhidão, coceira, ardor, sensação de areia nos olhos e até dificuldade de abrir as pálpebras ao acordar). O aumento da evaporação da lágrima e a sensação de olho seco também são potencializados pela diminuição da umidade relativa do ar, que ocorre especialmente no inverno.

Por esses motivos, o inverno é a estação do ano em que o olho seco mais incomoda os pacientes. O tratamento é feito com colírios lubrificantes próprios para serem usados muitas vezes ao dia.  Em casos de inflamação das pálpebras, o tratamento inclui outros colírios que o oftalmologista deverá prescrever.

Prof. Dr. Francisco Max Damico

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