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Estudo brasileiro é reconhecido internacionalmente nos EUA

Publicado em 03 de julho de 2017.

O estudo científico da tese de Doutorado do Dr. Paulo Zantut, orientado pelo Prof. Dr. Francisco Max Damico na Faculdade de Medicina da USP, foi escolhido como um dos 3 mais interessantes e inovadores dentre os mais de 6.000 estudos apresentados no congresso da ARVO (Association for Research in Vision and Ophthalmology), realizado em Baltimore, EUA, de 7 a 11/5/2017.  Por isso, os autores participaram de uma coletiva de imprensa realizada durante o congresso em Baltimore com jornalistas americanos e transmissão online para jornalistas estrangeiros. O congresso da ARVO é o maior do mundo em pesquisa na área de Oftalmologia e contou com mais de 11.000 pesquisadores de 75 países.

O estudo "Lasting effects of prenatal marijuana exposure on the retina: An experimental study in mice" relatou os efeitos prejudiciais do uso de maconha pela gestante na retina do bebê. Os autores expuseram camundongas grávidas à fumaça da queima de cigarros de maconha por 5 minutos diários durante toda a gestação, simulando o uso recreacional da droga em humanos. Após o nascimento, realizaram exames da retina dos bebês aos 3, 6 e 12 meses de vida. Os resultados mostraram que os bebês cujas mães "fumaram" maconha durante a gestação tinham a retina mais fina do que aqueles cujas mães não "fumaram",  e esse afilamento só aumentou até a vida adulta, mesmo que os bebês nunca mais tenham tido contato com a maconha depois do nascimento. Sabendo que o afilamento da retina está associado a diminuição da visão em várias doenças oculares, como degeneração macular e neurite óptica, os autores sugeriram que os filhos de mães que usaram maconha durante a gestação devem ser acompanhados mais frequentemente pelo maior risco de possuírem alterações visuais clínicas ou subclínicas.

O ineditismo e a provável importância clínica desse estudo gerou repercussão na mídia americana com a publicação de várias matérias após a divulgação. O estudo é uma colaboração das Disciplinas de Oftalmologia e de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, está sendo realizado no Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental e na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e conta com a participação dos Profs. Drs. Mariana Veras, Aline Bolzan, Walter Takahashi e Paulo Saldiva.

Prof. Dr. Francisco Max Damico

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