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Apneia do sono aumenta o risco de glaucoma

Publicado em 10 de janeiro de 2016.

Um estudo publicado em janeiro de 2016 revelou que indivíduos com apneia do sono têm risco 2,5 vezes maior de desenvolver glaucoma (J Glaucoma. 2016;25:1-7). Após analisar os resultados de estudos que, somados, incluíram mais de 2.000.000 de portadores de apneia do sono, os autores identificaram claramente a associação entre a apneia do sono e o glaucoma.

A apneia do sono é uma parada respiratória durante o sono com recuperação espontânea. De acordo com o Ministério da Saúde, 1 em cada 6 brasileiros tem apneia do sono. Nos adultos, a parada respiratória dura 10 ou mais segundos, se repete 5 ou mais vezes durante o sono e é acompanhada de redução dos níveis de oxigênio no sangue. Os sintomas são ronco, sono agitado, falta de disposição e sonolência durante o dia, dor de cabeça, perturbação da memória, da atenção e da concentração, hipertensão, arritmia cardíaca e vários microdespertares dos quais o portador do distúrbio pode lembrar-se ou não.

O mecanismo exato pelo qual a apneia do sono causa glaucoma ainda não foi identificado. Atualmente, o tratamento mais eficaz para a apneia do sono é o uso do CPAP: um pequeno aparelho compressor de ar muito silencioso que é conectado a uma máscara ajustada ao nariz ou nariz e boca do paciente. Este aparelho previne a obstrução da via aérea durante o sono e reestabelece o sono normal ao indivíduo. No entanto, o uso do CPAP aumenta a pressão intraocular, que é outro importante fator de risco do glaucoma.

Por todos esses motivos, é altamente recomendável que todos os pacientes com apneia do sono sejam avaliados regularmente por oftalmologistas.

Prof. Dr. Francisco Max Damico

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